sábado, 13 de novembro de 2010

(alento)


 
  O último poema

 Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

(BANDEIRA, Manuel)

as coisas podiam ser simples, ternas, ardentes, belas e puras, mas as coisas só parecem complicar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário